Circo
Um circo é comumente uma companhia itinerante que reúne artistas de diferentes especialidades, como malabarismo, palhaço, acrobacia, monociclo, contorcionismo, equilibrismo, ilusionismo, entre outros.
A palavra também descreve o tipo de apresentação feita por esses artistas, normalmente uma série de atos coreografados à músicas. Um circo é organizado em uma arena - picadeiro circular, com assentos em seu entorno, enquanto circos itinerantes costumam se apresentar sob uma grande tenda ou lona. Porém, há diversos outros formatos para esta arte milenar, como poderemos ver mais adiante. Um exemplo é o Cirque du Soleil que é o maior circo do mundo.
História
Na Roma Antiga o circo era uma construção para exibição de cavalos e corridas de bigas, shows equestres, batalhas encenadas, shows de animais adestrados, malabaristas e acrobatas. Acredita-se que o circo de Roma tenha sido influenciado pelos gregos e suas corridas de bigas e exibição de animais.
Com a queda de Roma, os grandes circos desapareceram da Europa, sobrando apenas treinadores de animais e outros artistas itinerantes.
Na mongólia, as primeiras descrições de um circo datam da Dinastia Han. Zhagh Heng foi um dos primeiros a registrar apresentações acrobáticas temáticas em palácios reais.
O conceito moderno de circo como uma arena circular com assentos, com exibição de acrobacias, animais e outros artistas remontam ao final do século XVI. Philip Asthlley foi um dos pioneiros da época, popularizando o circo na Inglaterra.
Uso de animais em circos
Há uma grande controvérsia sobre o uso de animais em circos, há duas correntes de pensamento, com prós e contras o uso de animais em shows.
Segundo a corrente de pessoas que são contra o uso de animais em circo, seu uso tem sido gradativamente abandonado, uma vez que tais animais por vezes sofriam maus-tratos (tais como dentes precariamente serrados, jaulas minúsculas, estresse etc.) e, além disso, eram frequentemente abandonados, já que a manutenção de grandes animais, como tigres e elefantes demanda muito dinheiro. Por outro lado existem inúmeros circos brasileiros que possuem infra-estrutura e recursos para manterem seus animais, com auxilio de biologos e veterinários contratados para garantir o bem estar dos animais. A maioria deles com documentação do Ibama.
Existem raros casos de acidentes envolvendo animais selvagens, nos quais pessoas saem feridas ou até mesmo mortas.
Atualmente é proibido o uso de animais em algumas cidades, mas na maioria dos municípios brasileiros ainda é permitida sua exibição, tendo em vista que não há uma legislação federal que regule a matéria. Empresários circenses, artistas, produtores culturais e alguns estudiosos lutam para que seja aprovada uma legislação federal que regulamente o uso de animais em circos.
O circo no Brasil
A história do circo no Brasil começa no século XIX, com famílias e companhias vindas da Europa, onde agruparam-se em guetos e manifestavam sentimentos diversos através de interpretações teatrais onde não demonstravam apenas interesses individuais e sim despertavam consciência mútua.
No Brasil, mesmo antes do circo de Astley, já haviam os ciganos que vieram da Europa, onde eram perseguidos. Sempre houve ligação dos ciganos com o circo. Entre suas especialidades incluíam-se a doma de ursos, o ilusionismo e as exibições com cavalos.Eles viajavam de cidade em cidade, e adaptavam seus espetáculos ao gosto da população local. Números que não faziam sucesso na cidade eram tirados do programa.
Novo circo
O novo circo é um movimento recente que adiciona às técnicas de circo tradicionais a influência de outras linguagens artísticas como a dança e o teatro,levando em conta que a música sempre fez parte da tradição circense. No Brasil existem atualmente vários grupos pesquisando e utilizando esta nova linguagem.
Circo contemporâneo |
Se você está acostumado ao circo tradicional, de lonas, palhaços, animais adestrados e globo da morte tem a oportunidade de apreciar, amanhã, o novo circo, também conhecido como circo contemporâneo. O espetáculo Luzencantos da Troupe Guezá, de São Paulo, promete encantar o público com a magia do circo, no ginásio Poliesportivo. A realização é da Acif (Associação do Comércio e Indústria de Franca), com o apoio do jornal Comércio da Franca, Rede Record, CTBC e Antarctica. Os ingressos para o espetáculo estão à venda na Acif, Ótica Melani (Franca Shopping), Rede Drogafarma, Posto Mário Roberto (Parada do Pão) e Posto Galo Branco. As arquibancadas custam R$30, as cadeiras numeradas (arquibancada) custam R$ 50 e as cadeiras numeradas (pista) custam R$ 40. Os assinantes do jornal Comércio da Franca têm desconto e pagam R$ 20 no ingresso para arquibancada e podem comprar até 4 ingressos cada. Clientes das lojas participantes da promoção do “Dia das Crianças ACIF”, poderão ganhar o ingresso nas raspadinhas distribuídas. Luzencantos é composto por acrobacias no solo e no ar, permeadas pelo encanto e agilidade do balé contemporâneo, com muito humor, luzes e cores. A direção é de Rubia Neiva. A Troupe é formada por artistas circenses, bailarinos, atores e músicos que unem números circenses - como lira, trapézio, tecido, malabares, acrobacias de solo e pirâmides acrobáticas - ao balé contemporâneo com movimentos acrobáticos. A primeira e única bailarina a ganhar medalha de ouro no Festival de Varna, na Bulgária, Andréa Thomioka, é quem assina as coreografias. A produção é realizada por Leda Neiva e a direção artística é feita por Rubia e Andréa. A EVOLUÇÃO DO CIRCO A origem do circo é controversa. Alguns estudiosos afirmam que o circo surgiu na Grécia Antiga e no Império Egípcio, onde já havia animais domados. Os Jogos Olímpicos, que começaram por volta do século 8 a.C. (antes de Cristo), contavam com números circenses. Nos anos 70 a.C., em Pompéia, no Império Romano, havia um anfiteatro usado nas exibições de habilidades incomuns. Mas há quem diga que as práticas circenses se originaram na China, onde foram encontradas pinturas de quase 5.000 anos em que aparecem acrobatas, equilibristas e contorcionistas. Os guerreiros utilizavam a acrobacia como uma forma de treinamento. A versão do circo que conhecemos - com picadeiro, lona, desfile de animais - é recente e foi criado pelo oficial inglês da cavalaria britânica Philip Astley, por volta de 1770. Na época, ele montou um espetáculo eqüestre que contava com saltadores e palhaços. Atualmente, paralelamente aos circos itinerantes e tradicionais, a arte circense também se aprende em escolas. Por uma mudança de valores, muitos artistas de circo colocaram seus filhos para estudar e fazer curso universitário. As novas gerações estão trabalhando mais na administração dos circos do que no picadeiro. Surge então um novo movimento, chamado de Circo Contemporâneo. Não há uma data precisa do seu surgimento, mas pode-se dizer que o movimento começou no final dos anos 70, em vários países simultaneamente. Em 1982, surge em Quebec o “Club des Talons Hauts”, grupo de artistas em pernas de pau, malabaristas e pirofagistas. É esse grupo que em 1984 realiza o primeiro espetáculo do “Cirque du Soleil”. Em decorrência do grande sucesso no Canadá, eles recebem apoio do governo para a primeira turnê nos Estados Unidos. A segunda turnê, em 1990, é vista por 1.300.000 espectadores no Canadá e excursiona por 19 cidades americanas. Surge a grande empresa de espetáculos, que atualmente está em cartaz com oito shows diferentes no mundo, em três continentes, com mais de 700 artistas contratados. Voltando um pouco na história, é importante mencionar a influência da ex-União Soviética. Em 1921, o novo governo soviético resolve criar uma escola de circo e convidam o prestigiado diretor de teatro Vsevolod Meyherhold para dirigi-la. O contato entre os tradicionais do circo e a vanguarda do teatro resulta na criação de uma escola que coloca o circo num patamar de arte. Dança clássica e teatro fazem parte do currículo. É criada uma forma de espetáculo com temas e uma apresentação inteiramente novas. São criados novos aparelhos, diretores são chamados para dirigir os espetáculos, músicos fazem composições especiais e sob medida. |
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